quinta-feira, 31 de outubro de 2013

PDF Geografia Politica e Geografia da População - Dália Lima (Org.)



GEOGRAFIA POLÍTICA E GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO: TEMAS ATUAIS
DÁLIA MARIA MAIA CAVALCANTI DE LIMA (Org.)

1 GEOGRAFIA: CIÊNCIA DAS CONJUGAÇÕES
Dália Maria Maia Cavalcanti de Lima
2 MIGRAÇÕES PENDULARES E POLÍTICAS PÚBLICAS NA 
REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL
Gilnara Karla Nicolau da Silva
Francker Duarte de Castro
Francisca Márcia Fernandes Tavares
3 MULHER, POLÍTICA E CIDADANIA: a difícil inserção das 
mulheres na política e o déficit da representação do gênero no
Brasil e no Estado do Rio Grande do Norte

Luzimar Pereira da Costa
Celeide de Oliveira Augusto
Nadja Narjara Barboza dos Santos
4 CONTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA PARA O
CRESCIMENTO POPULACIONAL DO BRASIL

Clara Rafaela de Oliveira Santos e Silva
Everton Brito da Silva
Silone Pegado Gomes
5 CRESCIMENTO POPULACIONAL DE PARNAMIRIM – RN: AS
ATIVIDADES ECONÔMICAS E AS POLITICAS PÚBLICAS QUE
CONTRIBUIRAM PARA ESSE CRESCIMENTO

Mara Cleide Pereira de Oliveira
6 ÊXODO RURAL E POLÍTICAS PÚBLICAS: ASPECTOS DA
MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA BRASILEIRA

Ricardo Miranda Sá
Edmilson A. de Oliveira

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Link : Geografia Politica e Geografia da População

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Curso de Geoprocessamento PDF

Curso de Geoprocessamento PDF


Link Curso Geoprocessamento


Vários Artigos de Rogério Haesbaert - PDF

Artigos Rogério Haesbaert



"Rogerio Haesbaert da Costa é um geógrafo humano Brasileiro focado nos conceitos de território e região.
Desde 1986 é professor no Instituto de Geociências da Universidade Federal Fluminense onde é diretor do Núcleo de Estudos sobre Regionalização e Globalização (NUREG). Em 2003 fez Pós-Doutorado em Geografia na Open University. Foi professor visitante na Open University (2003), na Universidade de Toulouse-Le-Mirail (2009), na Universidade de Buenos Aires (2010) e na Universidade de Paris VIII (2011).
Nos seus estudos, Haesbaert analisa o entrelaçamento entre territorialização e desterritorialização, territorialidade e identidade, operando com autores modernos como Gramsci e pós-estruturalistas como Foucault e Gilles Deleuze. As questões que Haesbaert coloca têm implicações para a geopolítica tradicional. É criticado, entre outros, por Antonio Carlos Robert Moraes, pois este trabalha com uma concepção mais estrita de território, ligada basicamente ao poder político do Estado, enquanto Haesbaert, inspirado em Gramsci e Bourdieu, amplia sua concepção de poder (também simbólico) e, consequentemente, de território (que inclui os microterritórios, numa abordagem foucaultiana). Trabalha com as lógicas zonal e reticular de organização do espaço, definidoras de territórios-zona e territórios-rede. Insere na construção do espaço também a "i-lógica" do que denomina "aglomerados", situação marcada sobretudo pelos processos de desterritorialização - que, num sentido social, envolve não só a genérica destruição de territórios (para sua reconstrução em outras bases), mas, antes, a precarização territorial dos grupos subalternos."Wikipedia

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Serie Ruy Moreira PDF

Ruy Moreira




"Ruy Moreira (Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1941) é um geógrafo brasileiro, que publicou vários livros que abordam questões ontológicas e epistemológicas da geografia. Foi presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros de 1980 a 1982 e é considerado um dos expoentes da chamada geografia crítica, com ampla participação no movimento marxista de renovação da Geografia brasileira nos anos 1980.

Moreira possui doutorado em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (1994). Atualmente é professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense." Wikipedia

Link abaixo para download de:

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A Cultura do Novo Capitalismo SENNET - PDF

Richard Sennet

 Livro A Cultura do Novo Capitalismo de Sennet 
Richard Sennett tem se constituído como um dos mais instigantes analistas sociais contemporâneos. Temáticas como o trabalho ou as organizações sociais têm povoado seus intensos e produtivos estudos. O presente livro, A cultura do novo capitalismo, publicado no Brasil em 2006, é resultado das Conferências Castle, ciclo de palestras realizadas por Sennett na Universidade de Yale. Tais conferências tiveram a ética, a política e a economia como assuntos centrais.
O livro parte da perspectiva de que a contemporaneidade tem sido intensa em suas modificações nos modos de conceber a cultura. Essas modificações seriam marcadas pela crise das instituições e pelo crescimento das desigualdades econômicas. Nesse cenário, em que as instituições se fragmentam e as condições sociais se tornam instáveis, emerge um conjunto de desafios às subjetividades humanas. O primeiro desses desafios remete à ideia de tempo, ou a uma primazia do curto prazo. Quando as mudanças permanentes inviabilizam planejamentos de longo prazo, "o indivíduo pode ser obrigado a improvisar a narrativa de sua própria vida, e mesmo a se virar sem um sentimento constante de si mesmo" (SENNETT, 2006, p. 13). O segundo desafio está ligado ao talento, ou a como descobrir suas capacidades potenciais em uma cultura onde novas capacitações são exigidas a cada momento. O terceiro desafio refere-se a um processo de presentificação, isto é, de ter a capacidade de deixar o passado para trás. As modificações culturais desencadeadas no capitalismo contemporâneo implicam a busca de homens e mulheres ideais: "uma individualidade voltada para o curto prazo, preocupada com as habilidades potenciais e disposta a abrir mão das experiências passadas" (SENNETT, 2006, p. 14).

Clássicos: A Cidade Como Centro da Região - Milton Santos

A Cidade Como Centro da Região 



Texto clássico de Milton Santo de 1959 vale muito a leitura do mesmo

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

TUTORIAIS DE GEOMORFOLOGIA (LAGES UFU)

TUTORIAIS GEOMORFOLOGIA

Site do LAGES da UFU com vários tutoriais e dinâmicas de ensino, assim como o uso de GeoTecnologias da Infirmação aplicadas a Geomorfologia

Esperem o redirecionamento do link (Paciência Galera!)
link: http://adf.ly/XwcCz

Depois é só posicionar o cursor na aba Projetos e escolher o que procura VLW.

BIOGEOGRAFIA(PDF): Prof. Dr. Dakir Lara Machado da Silva

BIOGEOGRAFIA

                        Biogeografia é o estudo da distribuição das espécies e ecossistemas no espaço geográfico e através do tempo geológico. Organismos e as comunidades biológicas variam de uma forma altamente regular ao longo de gradientes geográficos de latitude, altitude, isolamento e área de habitat. Conhecimento da variação espacial nos números e tipos de organismos é tão vital para nós hoje como foi para nossos primeiros ancestrais humanos, como se adaptar a ambientes heterogêneos, mas geograficamente previsíveis. Biogeografia é um campo integrador de investigação que une conceitos e informações de ecologia, biologia evolutiva, geologia e geografia física.Pesquisas biogeográficas modernas combinam informações e idéias de muitos campos, desde as limitações fisiológicas e ecológicas sobre a dispersão do organismo aos fenômenos geológicos e climatológicos que operam em escalas espaciais globais e prazos evolutivas.(Wikipédia)

Excelente material do Prof. Dr. Dakir Larara Machado da Silva em :http://dakirlarara.files.wordpress.com/2011/03/apostila-de-biogeografia.pdf

domingo, 20 de outubro de 2013

Série David Harvey - 2 Livros para Download

David Harvey 

Dois livros essenciais para analise capitalista do espaço
Obs: Esperem o redirecionamento, depois cliquem
em fechar propaganda no canto superior direito
O Novo Imperialismo Link:
                O Novo Imperialismo
A Produção Capitalista do Espaço Link:
               Produção Capitalista do Espaço

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Clássicos de Milton Santos Livros para baixar (PDF)

Link Para Download Milton Santos eternamente




Quem tem interesse por favor esperem a pagina do download redirecionar o link é em média 5 segundos

Desenvolvimento econômico e urbanização em países subdesenvolvidos: os dois sistemas de fluxo da economia urbana e suas implicações espaciais:

A questão do meio ambiente: desafios para a construção de uma perspectiva transdisciplinar

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Terremoto Filipinas

Cerca de 93 Mortos foi o Saldo do Terremoto nas Filipinas

Pelo menos 93 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas em um forte terremoto de 7,1 de magnitude que atingiu três ilhas das Filipinas turismo central na região de Cebu.
Em Cebu, a segunda maior cidade , foram pelo menos 15 mortes , 77 na ilha de Bohol e da ilha de Siquijor , conforme relatado pela Agência Nacional de Desastres Naturais .Um relatório preliminar indicou que nenhuma parte de turistas estrangeiros das vítimas. O número de mortes pode subir depois de procurar edifícios desmoronados , autoridades alertaram.
No entanto, terça-feira é um feriado nas Filipinas tantos edifícios públicos estavam vazios , as autoridades locais também relataram .O epicentro foi localizado a cerca de 5 km a leste de Balilihan , Bohol , na região , a 20 km de profundidade , segundo o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS ) .
Elmo Alinsunorin , guarda de segurança em um da administração pública local de Cebu disse à AFP o seu testemunho : " A violência do tremor me derrubou no chão pedaços de vidro caíram sobre mim Pensei que eu ia morrer . . . "
"Eu estava dormindo profundamente quando minha cama começou a se mover . Estava apavorada e se escondeu debaixo dela ", disse à AFP Maribao Janet , 33, uma recepcionista viver em Cebu.
Também havia vários mortos no desabamento de um mercado para esta área e uma criança morreram pisoteadas pela multidão que tentava escapar de um prédio, disse o governador da província de Cebu, Hilario Davide , televisão ABS -CBN .
Três outros foram mortos em um complexo esportivo que as pessoas desfavorecidas vão olhar para os abonos de família , acrescentou: " Neil Sanchez, chefe do escritório de gestão de desastres de Cebu.
As províncias de Cebu e Bohol são alguns dos destinos turísticos mais populares nas Filipinas por causa de suas praias de areia branca , águas cristalinas e montanhas popularmente chamado de " Chocolate Hills " por causa de sua cor.
Moradores e turistas perceberam danos materiais consideráveis, que sofreram vários edifícios antigos e modernos : igrejas, uma universidade e várias estradas .
Vários pacientes foram retirados de um dos principais hospitais de Cebu, após um incêndio foi registrado em um apartamento, de acordo com a mídia local.
Em Bohol, uma igreja do século XVI - o início da colonização espanhola - desabou, disse Robert Michael Poole, um turista britânico ."É terrível . Fachada inteira da igreja desmoronou ", disse o turista à AFP. O prédio estava vazio no momento do desastre.
O terremoto, que ocorreu há mais de 600 quilômetros de Manila, foi seguido por pelo menos quatro réplicas de magnitude superior a 5 . Não houve alerta de tsunami .
Balilihan , a cidade localizada a poucos quilômetros do epicentro , tem cerca de 18.500 habitantes.
Em Cebu , o centro econômico, político , cultural e acadêmico do arquipélago, 2,5 milhões de pessoas vivem . Seu porto e aeroporto é o maior do país, depois de Manila.
O arquipélago das Filipinas está localizado no Anel de Fogo do Pacífico , uma cadeia de ilhas que é intensa atividade sísmica e vulcânica.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

União Sul - Americana - Flavio Farias

UNIÃO DE NAÇÕES SUL-AMERICANAS: ONTOLOGIA DE UMA FORMA ESTATAL REGIONAL 
Flávio Bezerra de Farias
A ALCA, o MERCOSUL e a ALBA – com seus substitutivos e desdobramentos respectivos, nas formas direitistas de tratados bilaterais de livre comércio, centro-esquerdista de reforma social-liberal, bem como nacionalista radical de antiimperialismo –estão mudando efetivamente a socioeconomia da região. Mas, esses projetos de integração são marcados por ideologias mercantis, regulacionistas, eurocentristas, etc., que trazem no seu bojo sonhos e antecipações sociais conformistas.
Ocultam tanto a demolição dos esboços de Estado social e a expulsão do trabalho vivo das constituições latinoamericanas, como a recolonização pura e simples da região pelas potências imperialistas, como também o prolongamento do mito do desenvolvimento econômico regional, através de utopias abstratas e positivistas sobre a construção de um bloco progressista e rival da Tríade. Para além do debate sobre os 
projetos alternativos de integração regional, dado que existem classes e antecipações sociais em disputa, uma abordagem crítica e revolucionária deve colocar“o problema da unidade regional num terreno de plataformas de luta, completamente diferente da análise desse tema em termos de negócios ou nichos de rentabilidade.” (Katz, 2006g: 118). Deve, também, fazer reflexões sobre a especificidade da unidade na luta dos povos pela construção do socialismo na América Latina, em vez de tentar elucidar a emergência de um capitalismo melhor na região, sob a influência de rebeliões populares domadas pelo social-liberalismo e de acordos de integração afinados pelo reformismo (Saludjian, 2004). 
Katz (2006g: 123) adotou o marxismo, para a defesa da utopia concreta da unidade latinoamericana, na qual “a meta do socialismo brinda um norte à ação dos movimentos de luta”. Recorreu a abundantes dados empíricos consistentes, para apreender a atualidade do fenômeno abordado e situá-lo no tempo e no espaço, bem como distinguir os episódios das tendências. Enfim, de maneira ampla e profunda, considerou a luta de classes historicamente determinada como motor das mutações regionais. 
O desenvolvimento desigual, o imperialismo e as alianças de classes não são os mesmos da época em que surgiram os modelos da dependência, da heterogeneidade estrutural e da substituição de importações. A grande transformação atual, através da reestruturação e da mundialização do capital, leva ao desenvolvimento de blocos regionais, cujos fins são quer defensivos, quer ofensivos. Assim, “sob a compulsão competitiva que impõe a crescente internacionalização da economia, as classes 
dominantes de todos os países redefinem – através de acordos regionais – seus novos aliados e concorrentes.”. Isto provoca na América Latina, em particular, “agudos conflitos entre as alianças extra-regionais propiciadas pelas grandes potências e as frágeis tentativas de articulação regional.” .

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O Meio Ambiente: O Discurso Geografico(Artigo Completo)

O MEIO AMBIENTE: O DISCURSO GEOGRÁFICO
RUMO A TRANSDISCIPLINARIDADE
Edson Soares Fialho
Departamento de Artes e Humanidades - Geografia
Universidade Federal de Viçosa (UFV) 

         Atualmente, a Geografia tem a tarefa de entender o espaço geográfico, cada vez mais dinâmicocom uso de novas tecnologias, possibilitando a circulação de produtos e o incremento do consumo num mundo capitalista que entende a natureza como elemento passível de ser privatizado, portanto transformado em mercadoria. Em conseqüência disso, possibilita maior distanciamento entre o tempo do ser humano e o tempo da natureza.
A redução das distâncias geográficas potencializa e amplifica os problemas socioambientais, tornando-os de ordem mundial. Na tentativa de reverter o descompasso entre necessidades e demandas de mercadorias, elemento catalisador de uma identidade ou condição de status-quo, acaba por pressionar a natureza, que cada vez mais, torna-se fragmentada.

A conseqüência disso é o aumento dos problemas sociais e ambientais. Nesse sentido, Layrargues [1] procura introduzir na discussão da problemática socioambiental, o papel dos serviços ambientais prestados pela natureza, tais como: produção de água, contenção das encostas, manutenção dos ciclos de nutrientes no solo, dentre outros e seus benefícios, distribuídos pela natureza, indistintamente à humanidade, com objetivo de criar uma nova percepção que abala o princípio dapropriedade privada, pois os serviços ambientais, enquanto externalidades positivas, são, por excelência, um patrimônio coletivo.
Considerar a natureza enquanto um patrimônio coletivo implica na redefinição do conceitode propriedade. Nessa questão, o sistema jurídico, quando envolvido em pendências ambientais, confronta diretamente o proprietário de um bem contra os interesses da coletividade. Na medidaem que, o serviço ambiental se dissemina de modo aleatório pela sociedade, o sistema jurídico não teria outra possibilidade que não interpretá-lo como de interesse difuso. Este está em função de um número indeterminado de sujeitos, revelando a recente vulnerabilidade do status–quoneoliberal centrado no indivíduo.
Nessa perspectiva, a Ciência Geográfica reaparece no cenário das ciências como uma ferramenta de auxílio no entendimento dos problemas do nosso cotidiano e dos problemas mundiais, que são colocados pelos meios de telecomunicações. Em razão disso, os professores de Geografia são cada vez mais requisitados, após a Rio-92, em suas práticas pedagógicas, a responderem questões relacionadas ao meio ambiente.

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - AZ'ABSABER

Domínios Morfoclimáticos
Az'Absaber
                                                                                     


Os Domínios Morfoclimáticos
Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir das características climáticas, botânicas, pedológicas, hidrológicas e fitogeográficas; com esses aspectos é possível delimitar seis regiões de domínio morfoclimático. Devido à extensão territorial do Brasil ser muito grande, vamos nos defrontar com domínios muito diferenciados uns dos outros. Esta classificação feita, segundo o geógrafo Aziz Ab’Sáber (1970), dividiu o Brasil em seis domínios:
I – Domínio Amazônico – região norte do Brasil, com terras baixas e grande processo de sedimentação; clima e floresta equatorial;
II – Domínio dos Cerrados – região central do Brasil, como diz o nome, vegetação tipo cerrado e inúmeros chapadões;
III – Domínio dos Mares de Morros – região leste (litoral brasileiro), onde se encontra a floresta Atlântica que possui clima diversificado;
IV – Domínio das Caatingas – região nordestina do Brasil (polígono das secas), de formações cristalinas, área depressiva intermontanhas e de clima semi-árido;
V – Domínio das Araucárias – região sul brasileira, área do habitat do pinheiro brasileiro (araucária), região de planalto e de clima subtropical;
VI – Domínio das Pradarias – região do sudeste gaúcho, local de coxilhas subtropicais.



I – Domínio Morfoclimático Amazônico
Situação Geográfica
Situado ao norte brasileiro, o domínio Amazônico é a maior região morfoclimática do Brasil, com uma área de aproximadamente 5 milhões km² – equivalente a 60% do território nacional – abrangendo os Estados: Amazonas, Amapá, Acre, Pará, Maranhão, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso. Encontram-se como principais cidades desta região: Manaus, Belém, Rio Branco, Macapá e Santarém.
Características do Povoamento
A região é pouco povoada, sua densidade demográfica é de aproximadamente 2,88 hab./km². Isto se deve ao fato da grande extensão territorial e dos difíceis acessos ao interior dessa área. Nesse sentido, o governo em 1970, fez o programa de ocupação populacional na região amazônica, com migrações oriundas do nordeste. A extração da borracha permitiu desenvolver esta área, antes inóspita economicamente, numa região de alta produtividade, seja ela econômica, cultural ou social. Nessa época, muitas cidades foram afetadas com o crescimento gerado pelo capital. O governo continuou auxiliando e orientando o desenvolvimento da região e incorpora em Manaus a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), que trouxe para a capital amazonense muitas indústrias transnacionais. Tanto foi a resposta desta “zona livre”, que antes da Zona Franca de Manaus, a mesma cidade detinha uma população de 300 mil/hab e com a instalação desta área, passou para 800 mil/hab. Outros projetos são instalados pelo governo federal na região amazônica, como: o Projeto Jari, o Programa Calha Norte, o PoloNoroeste e o Projeto Grande Carajás. Com isso, inicia-se a exploração mineral e vegetal da Amazônia. Mas os resultados desses projetos foram pobres em sua maioria, pois com a retirada da vegetação natural o solo tornava-se inadequado ao cultivo da agricultura.
Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Este domínio sofre grande influência fluvial, já que aí se encontra a maior bacia hidrográfica do mundo – a bacia amazônica. A região passa por dois tipos de estações flúvio-climáticas, a estação das cheias dos rios e a estação da seca, porém esta última estação não interrompe o processo pluviométrico diário, só que em índices diferentes. O transporte existente também é influenciado pela enorme rede hidrográfica, enquanto que o rodoviário é quase inexistente. Assim, o transporte fluvial e o aéreo são muito utilizados devido às facilidades encontradas neste domínio. Como se trata de uma floresta equatorial considerada um bioma riquíssimo, é de fundamental importância entendê-la para não desestruturar seu frágil equilíbrio. Devido à existência de inúmeros rios, a região sofre muita sedimentação por parte fluvial, já que a precipitação é abundante (2.500 mm/ano), transformando a região numa grande “esponja” que detém altas taxas de umidade no solo. Este mesmo solo é formado basicamente por latossolos, podzólicos e plintossolos, mas o mesmo não detém características de ser rico à vegetação existente, na verdade, o processo de precipitação é o que torna este domínio morfoclimático riquíssimo em floresta hidrófita e não o solo, como muitas pessoas pensam que é o responsável por tudo isto. Valendo destacar os tipos de matas encontradas na Amazônia, como: de iaipó – de regiões inundadas; de várzea – de regiões inundadas ciclicamente e de terras altas – que dificilmente são inundadas. As espécies de árvores encontradas nesta região são: castanaha-do-pará, seringueira, carnaúba, mogno, etc. (essas duas últimas em extinção); os animais: peixe-boi, boto-cor-de-rosa, onça-pintada; e a flora com a vitória régia e as diversas orquídeas.
Com um grande processo de lixiviação encontrado na Amazônia, essa ação torna o solo pobre levando todos os seus nutrientes pela força da capacidade do rio (correnteza). Mas esta riqueza diversa não deve ser confundida como grande potencialidade agrícola, pois com a retirada da vegetação nativa, transforma o solo num grande alvo da erosão, devido as fortes chuvas ocorridas na região. A rede hidrográfica é outra fonte de potencialidade econômica da Amazônia, pois seus leitos fluviais são de grande piscosidade, o que torna a área num importante atrativo natural para o turismo, às indústrias pesqueiras e a população ribeirinha. Com um clima equatorial, sem muitas mudanças de temperatura ao longo do ano, a região amazônica diferencia-se apenas nas épocas das chuvas (ou cheias dos rios) e das secas. Assim esta primeira época faz com que os rios transbordem e nutram as áreas de terras marginais ao leito dos mesmos. Com um solo essencialmente argiloso e a forte influência do escoamento fluvial, faz com que a Amazônia torna-se uma área de terras baixas, decapitando as formações existentes no seu substrato rochosos.
Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
Nos dias atuais é grande a devastação ambiental na Amazônia – queimadas, desmatamentos, extinção de espécies, etc. – fazem com que a região e o mundo preocupe-se com seu futuro, pois se trata da maior reserva florestal do globo. Ecologicamente a Amazônia está correndo muito perigo, devido ao grande atrativo econômico natural que é encontrado nesta região, o equilíbrio é colocado muitas vezes em risco. A exploração descontrolada faz com que as ideologias conservacionistas sejam deixadas de lado. As indústrias mineradoras geram consequências incalculáveis ao ambiente e nos rios são despejados muitos produtos químicos para esta exploração. A agricultura torna áreas de vegetação em solos de fácil erosividade e em resposta a tudo isso, gera-se um efeito “dominó” no meio ambiente, onde um é responsável e necessário para o outro. São poucas as atividades econômicas que não agridem a natureza. A extração da borracha, por exemplo, era uma economia viável ecologicamente, pois necessitava da floresta para o crescimento das seringueiras. Mas atualmente, esta exploração é quase rara, devido à falta de indústrias consumidoras. Nesse sentido, deverão ser tomadas medidas de aprimoramento nas explorações existentes nesta região, para que deixem de causar imensas sequelas ao ambiente natural.
II – Domínio Morfoclimático dos Cerrados
Situação Geográfica
Formado pela própria vegetação de cerrado, nesta área encontram-se as formações de chapadas ou chapadões como a Chapada dos Guimarães e dos Veadeiros, a fauna e flora ali situada, são de grande exuberância, tanto para pontos turísticos, como científicos. Vale destacar que é da região do cerrado que estão três nascentes das principais bacias hidrográficas brasileiras: a Amazônica, a São-Franciscana e a Paranáica.
Localizado na região central do Brasil, o Domínio Morfoclimático do Cerrado detém uma área de 45 milhões de hectares, sendo o segundo maior domínio por extensão territorial. Incluindo neste espaço os Estados: do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Tocantins (parte sul), de Goiás, da Bahia (parte oeste), do Maranhão (parte sudoeste) e de Minas Gerais (parte noroeste). Encontrado ao longo de sua área cidades importantes como: Brasília, Cuiabá, Campo Grande, Goiânia, Palmas e Montes Claros.
Características do Povoamento
Devido a sua localização geográfica ser no interior brasileiro, o povoamento e a ocupação territorial nesta região era fraca, mas o governo federal vem a intervir com os programas de políticas de interiorização do desenvolvimento nos anos 40 e 50, e da política de integração nacional dos anos 70. A primeira é baseada, principalmente, na construção de Brasília e a segunda, nos incentivos aos grandes projetos agropecuários e extrativistas, além de investimentos de infra-estrutura, estradas e hidroelétricas. Com estes recursos, a região vem a atrair investidores e mão-de-obra, e consequentemente ocorre um salto no crescimento populacional de cada Estado, como no Mato Grosso que em 1940 sua população era de 430 mil/hab. e em 1970 vai para 1,6 milhões/hab. Tal foi à resposta destes programas, que nos dias de hoje o setor agrícola do cerrado ocupa uma ótima colocação em produção, em virtude de migrações do sul do Brasil.
Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Centrada no planalto brasileiro, o domínio do cerrado é dividido pelas formações de chapadas que existem ao longo de sua extensão territorial, estas que são “gigantescos degraus” com mais de 500 metros de altura, formadas na era geológica Pré-Cambriana, limitam o planalto central e as planícies – como a Pantaneira. Com sua flora única, constituída por árvores herbáceas tortuosas e de aspecto seco, devido à composição do solo, deficiente em nutrientes e com altas concentrações de alumínio, a região passa por dois períodos sazonais de precipitação, os secos e os chuvosos. Com sua vegetação rasteira e de campos limpos, o clima tropical existente nesta área, condiz a uma boa formação e um ótimo crescimento das plantas. Também auxiliado pela importante rede hidrográfica da região, de onde são oriundas nascentes das três maiores bacias hidrográficas do Brasil como foi destacado no início. Isto lhe dá uma imensa responsabilidade ambiental, pois denota a sua significativa conservação natural. Com um solo formado principalmente por latossolos, areais quartzosas e podzólicos; constituem assim um solo carente em nutrientes fertilizantes, necessitando de correção para compor uma terra viável à agricultura. Observa-se também, que este mesmo solo apresenta características à fácil erosividade devido às estações chuvosas que ali ocorrem e principalmente a degradação ambiental descontrolada, estes processos fazem a remoção da vegetação nativa que tornam frágeis os horizontes “A” frente aos problemas ambientais existentes, como a voçoroca.
Condições Ambientais e Ecologicamente Sustentáveis
Em vista desses aspectos fisiográficos, o cerrado atraiu muita atenção para a agricultura, o que lhe tornou uma região de grande produção de grãos como a soja e agropastoril, com a ótima adaptação dos gados zebu, nelore e ibagé. Em virtude disso, o solo nativo foi retirado e alterado por outra vegetação, condizendo a uma maior facilidade aos processos erosivos, devido à falta de cobertura vegetal, seja ela gramínea ou herbácea. Nesse sentido, faz-se muito pouco pela preservação e conservação das matas nativas – a não ser nas áreas demarcadas como reservas bio-ecológicas. Outra exploração ativa é a mineral, como o ouro e o diamante, donde decorre uma grande devastação à natureza. Dessa forma, os governos, tanto federal, estadual ou municipal, deverão tomar decisões imediatas quanto à proteção do meio natural, pois deve ocorrer, sim, a exploração pastoril, agrícola e mineral dessa região, porém não se deve esquecer que para a efetiva existência dessas economias o ambiente deverá ser prudentemente conservado.

III – Domínio Morfoclimático de Mares de Morros
Situação Geográfica
Este domínio estende-se do sul do Brasil até o Estado da Paraíba (no nordeste), obtendo uma área total de aproximadamente 1.000.000 km². Situado mais exatamente no litoral dos Estados do: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, da Bahia, Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba; e no interior dos Estados, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Incluindo em sua extensão territorial cidades importantes, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Recife, Porto Alegre e Florianópolis.
Características de Povoamento
Como encontra-se na região litorânea leste do Brasil, foi o primeiro lugar a ser descoberto e colonizado pelos portugueses – tanto que é em Porto Seguro, Bahia, que atracou o navegante Pedro Álvares Cabral, descobrindo o Brasil. Com isso, a primeira capital da colônia portuguesa na América foi Salvador, onde iniciaram-se os processos de colonização e povoamento, respectivamente. É neste domínio que estão as duas maiores cidades brasileiras – São Paulo e Rio de Janeiro. Isto se deve a antiga constituição das duas cidades como centros econômicos, integradores, culturais e políticos. Foram muitos os resultados desse povoamento, como por exemplo, a maior concentração populacional do Brasil e a de melhor base econômica.
Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Como o próprio nome já diz, é uma região de muitos morros de formas residuais e curtos em sua convexidade, com muitos movimentos de massa generalizados. Os processos de intemperismo, como o químico, são frequentes, motivo pelo qual as rochas da região encontram-se geralmente em decomposição. Tem uma significativa gama de redes de drenagens, somados à boa precipitação existente (1.100 a 1.800 mm a/a e 5.000 mm a/a nas regiões serranas), que é devido à massa de ar tropical atlântica (MATA) e aos ventos alísios de sudeste, que ocasionam as chuvas de relevo nestas áreas de morros. Assim, os efeitos de sedimentação em fundos de vale e de colúvios nas áreas altas são muito intensos. A vegetação natural é da mata chamada Atlântica, com poucas áreas nativas de suma importância aos ecossistemas ali existentes. Sua flora e fauna são de grande respaldo ambiental e o solo é composto em sua maioria por latossolos e podzólicos, sendo muito variável. A textura se contradiz de região para região, pois é encontrado tanto um solo arenoso como argiloso. Como a sua extensão territorial alarga-se entre Norte – Sul, seu clima dependerá da sua situação geográfica, diferenciando-se em: tropical, tropical de altitude e subtropical.
Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
Lembrando que foi colocado anteriormente em relação ao povoamento, essas terras já estão sendo utilizadas economicamente há muitos anos. Decorrente disso, observa-se uma considerável desgastação do solo que elucida uma atual preservação das matas restantes. Esta região já sofreu muita devastação do homem e da sociedade e devem ser tomadas atitudes urgentes para sua conservação. Existem muitos programas, tanto do governo como privados, para a proteção da mata atlântica. Destaca-se por exemplo, a Fundação O Boticário (privado), que detém áreas de preservação ao ambiente natural e o SOS Mata Atlântica (governamental e privado). Neste sentido, a solução mais adequada para este domínio, seria a estagnação de muitos processos agrícolas ao longo de sua área, pois o solo encontra-se desgastado e com problemas erosivos muito acentuados. Deixando assim, a terra “descansar” e iniciar um projeto de reconstituição à vegetação nativa.
IV – Domínio Morfoclimático das Caatingas
Situação Geográfica
Situado no nordeste brasileiro, o domínio morfoclimático das caatingas abrange em seu território a região dos polígonos das secas. Com uma extensão de aproximadamente 850.000 km², este domínio inclui o Estado do Ceará e partes dos Estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí. Tendo como principais cidades: Crato, Petrolina, Juazeiro e Juazeiro do Norte.
Características do Povoamento
Sendo uma das áreas junto ao domínio morfoclimático dos mares de morros, de colonização pelos europeus (portugueses e holandeses), sua história de povoamento já é bastante antiga. A caatinga foi sempre um palco de lutas de independência, seja ela escravista ou nacionalista. A região tornou-se alvo de bandidos e fugitivos contrários ao Reinado Português e posteriormente ao Império Brasileiro. Como o domínio das caatingas localiza-se numa área de clima seco, logo chamou a atenção dos mesmos para refugiarem-se e construírem suas “fortalezas”, chamados de cangaceiros. Com isso o processo de povoamento, instaurados nos anos 40 e 50, centrou-se mais em áreas próximas ao litoral, mas o governo federal investiu em infra-estrutura na construção de barragens, açudes e canais fluviais, surgindo assim o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Entretanto, o clima “desértico” da caatinga, prejudicou muito a ocupação populacional nesta região, sendo que a caatinga continua sendo uma área preocupante no território brasileiro em vista do seus problemas sociais, que são imensos. Valendo destacar que com todos esses obstáculos sociais e naturais da caatinga, seus habitantes partem para migração em regiões como a Amazônia e o sudeste brasileiro, chamada de migrações de transumância (saída na seca e volta na chuva).
Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Com o seu clima semi-árido, o solo só poderia ter características semelhantes. Sendo raso e pedregoso, o solo da caatinga sofre muito intemperismo físico nos latossolos e pouca erosão nos litólicos e há influência de sais em solo, como: solonetz, solodizados, planossolos, solódicos e soonchacks. Segundo Ab´Saber, a textura dos solos da caatinga passa de argilosa para textura média, outra característica é a diversidade de solos e ambientes, como o sertão e o agreste. Mesmo tendo aspectos de um solo pobre, a caatinga nos engana, pois necessita apenas de irrigação para florescer e desenvolver a cultura implantada. Tendo pouca rede de drenagem, os mínimos rios existentes são em sua maioria sazonais ao período das chuvas, que ocorrem num curto intervalo durante o ano. Porém existe um “oásis” no sertão nordestino, o Rio São Francisco, vindo da região central do Brasil, irriga grandes áreas da caatinga, transformando suas margens num solo muito fértil – semelhante o que ocorre com as áreas marginais ao Rio Nilo, no Egito. Neste sentido, comprova-se que a irrigação na caatinga pode e deve ser feita com garantia de bons resultados. Outro fato que chama a atenção, é a vegetação sertaneja, pois ela sobrevive em épocas de extrema estiagem e em razão disso sua casca é dura e seca, conservando a umidade em seu interior. Assim, a região é caracterizada por uma vegetação herbácea tortuosa, tendo como espécies: as cactáceas, o madacaru, o xique-xique, etc.
Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
Devido o homem não intervir de significativa maneira em seu habitat, o ambiente natural da caatinga encontra-se pouco devastado. Sua região poderia ser ocupada mais a nível agrícola, em virtude do seu solo possuir boas condições de manejo, só necessitando de irrigação artificial. Assim, considerando os fatos apresentados, a caatinga teria condições de desenvolver-se economicamente com a agricultura, que seria de suma importância para acabar com a miséria existente. Mas sem esquecer de utilizar os recursos naturais com equilíbrio, sendo feito de modo organizado e pré-estabelecido à não causar desastres e consequências ambientais futuros.
V – Domínio Morfoclimático das Araucárias
Situação Geográfica
Encontrado desde o sul paulista até o norte gaúcho, o domínio das araucárias ocupa uma área de 400.000 km², abrangendo em seu território cidades importantes, como: Curitiba, Ponta Grossa, Lages, Caxias do Sul, Passo Fundo, Chapecó e Cascavel.
Características do Povoamento
A região das araucárias foi povoada no final do século XIX, principalmente por imigrantes italianos, alemães, poloneses, ucranianos etc. Com isto, os estrangeiros diversificaram a economia local, o que tornou essa região uma das mais prósperas economicamente. Caracterizado por colônias de imigração estabelecidas pela descendência estrangeira, podemos destacar como principais pontos, as cidades de: Blumenau – SC , colônia alemã; Londrina – PR, colônia japonesa; Caxias do Sul – RS, colônia italiana. Mas a vinda desses imigrantes não foi só boa vontade do governo daquela época. O Brasil tinha acabado de terminar a sua guerra com Paraguai, que deixou muitas perdas em sua população, em virtude disso a solução foi atrair imigrantes europeus e asiáticos.
Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Atualmente, a vegetação de araucária – chamada de pinheiro-do-Paraná, ou pinheiro-braseleiro – pouco resta, as indústrias de celulose e madeireiras da região, fizeram um extrativismo descontrolado que resultou no desaparecimento total em algumas áreas. Sua condição de arbórea, geralmente com mais de 30 m de altura, condiz a um solo profundo, em virtude de suas raízes estabelecerem a sustentação da própria árvore. A região das araucárias encontra-se no planalto meridional onde a altitude pode variar de 500 metros até cerca de 1.200 m. Isso evidencia um clima subtropical em toda sua extensão que mantém uma boa relação com a precipitação existente nesse domínio, variando de 1.200 a 1.800 mm. Nesse sentido, a região identifica-se com uma grande rede de drenagem em toda a sua extensão territorial. O solo é formado principalmente por latossolos brunos e também é encontrado latossolos roxos, cambissolos, terras brunas e solos litólicos. Com estas características, o solo detém uma alta potencialidade agrícola, como: milho, feijão, batata, etc. As morfologias do relevo se destacam por uma forte ondulação até um montanhoso, o que o representa num solo de fácil adesão a processos erosivos, iniciados pela degradação humana e social.
Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
Percebe-se atualmente que esta arbórea quase desapareceu dessa região, devido à descontrolada exploração da araucária para produção de celulose. Felizmente, medidas foram tomadas e hoje a araucária é protegida por lei estadual no Paraná. Mas os questionamentos ambientais não estão somente na vegetação. Devido este solo ser utilizado há anos vêem a ocorrer uma erosividade considerada. Em virtude do mesmo, surge a técnica de manejo agrícola chamada plantio direto, que evidencia uma proteção ao solo nu em épocas de pós-safra. Nesse sentido, o domínio morfoclimático das araucárias, que compreende uma importante área no sul brasileiro, detém um nível de conservação e reestruturação vegetal considerável. Mas não se deve estagnar esse processo positivo, pois necessitamos muito dessas terras férteis que mantém as economias locais.

VI – Domínio Morfoclimático das Pradarias
Situação Geográfica
Situado ao extremo sul brasileiro, mais exatamente a sudeste gaúcho, o domínio morfoclimático das pradarias compreende uma extensão, segundo Ab’Saber, de 80.000 km² e de 45.000 km² de acordo com Fontes & Ker – UFV. Tendo como cidades importantes em sua abrangência: Uruguaiana, Bagé, Alegrete, Itaqui e Rosário do Sul.
Características do Povoamento
Território mãe da cultura gauchesca, suas tradições ultrapassam gerações, demonstrando a força da mesma. Caracterizado por um baixo povoamento, a região destaca-se grandes pelos latifúndios agropastoris, que são até hoje marcas conhecidas dos pampas gaúchos. Os jesuítas iniciaram o povoamento com a catequização dos índios e posteriormente surgem as povoações de charqueadas. Passando por bandeirantes e tropeiros, as pradarias estagnam esse processo (ciclo do charque) com a venda de lotes de terras para militares, pelo governo federal. Devido à proximidade geográfica com a divisão fronteiriça de dois países (Argentina e Uruguai), ocorreram várias tentativas de anexação dos pampas a uma destas nações – devido aos tratados de Madrid e de Tordesilhas. Mas as tentativas foram inválidas, hoje os pampas continuam sendo parte do território brasileiro.
Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Como é uma área também chamada de pradarias mistas, o solo condiz ao mesmo. Segundo Ab’Saber, que o caracteriza como diferente de todos os outros domínios morfoclimáticos, existindo o paleossolo vermelho e o paleossolo claro, sendo de clima quente e frio. Denominado um solo jovem, devido guardar materiais ferrosos e primários, sua coloração vêem a ser escura. Estabelecido por um clima subtropical com zonas temperadas úmidas e sub-úmidas, a região é sujeita a sofrer alguma estiagem durante o ano. Sua amplitude térmica alcança índices elevados, como em Uruguaiana, considera a mais alta do Brasil, com 7° a/a. Isto evidencia suas limitações agrícolas, pois o solo é pouco espesso e têm indícios de pedrugosidade. Assim, caracteriza-o a uma atividade pastoril de bovinos e ovinos. Com a utilização do solo sem controle, denota-se um sério problema erosivo que origina as ravinas e posteriormente as voçorocas. Esse processo amplia-se rapidamente e origina o chamado deserto dos pampas. A drenagem existente é perene com rios de grande vazão, como: Rio Uruguai, Rio Ibicuí e o Rio Santa Maria.
Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
O domínio morfoclimático das Pradarias detém importantes reservas biológicas, como a do Parque Estadual do Espinilho (Uruguaiana e Barra do Quarai) e a Reserva Biológica de Donato (São Borja). As condições ambientais atuais fora desses parques, são muito preocupantes. Com o início da formação de um deserto que tende a crescer anualmente, essa região está sendo foco de muitos estudos e projetos para estagnar esse processo. Devido ao mau uso da terra pelo homem, como a monocultura e as queimadas, essas darão origem as ravinas, que por sua vez farão surgir às voçorocas. Como o solo é muito arenoso e a morfologia do relevo é levemente ondulado, rapidamente os montantes de areia espalham-se na região ocasionados pela ação eólica. Em virtude a tudo isso, poucas medidas estão sendo tomadas, exceto os estudos feitos. Assim, as autoridades locais deverão estar alerta, para que esse processo erosivo tenha um fim antes que torne toda as pradarias num imenso deserto.

Faixas de Transições
Encontrados entre os vários domínios morfoclimáticos brasileiros, as faixas de transições são: as Zonas dos Cocais, a Zona Costeira, o Agreste, o Meio-Norte, as Pradarias, o Pantanal e as Dunas. Espalhadas por todo o território nacional, constituem importantes áreas ambientais e econômicas.
Faixas de Transição Nordestinas
A zona dos cocais, representa uma importante fonte de renda à população nordestina, pois é nessa área principalmente, que se faz à extração dos cocos. A zona costeira detém outra característica, é uma importante região ambiental, onde se encontra a vegetação de mangue, que constitui um bioma riquíssimo em decomposição de matéria. Outra faixa de transição é o agreste, que é responsável pela produção de alimentos para o nordeste, como: leite, aves, sisal, entre outras matérias primas para indústrias. No litoral cearense, encontra-se as dunas, que é uma região de montantes de areias depositados pela ação dos ventos e de constante remodelação.
O meio-norte se estabelece entre a caatinga do sertão e a Amazônia (Maranhão e Piauí). Com uma diversidade de vegetação como cerrado e matas de cocais, o meio-norte detém sua economia na pecuária bovina, chamada de pé-duro e na criação do jegue. A carnaúba e o óleo de babaçú são outras fontes de extrativismo. Sem esquecer que todas estas zonas demonstradas situam-se na região nordestina brasileira.
Faixa de Transição da Região Sul Brasileira
Na região sul, encontra-se a zona de transição das Pradarias, que se situa entre os domínios morfoclimáticos da Araucária e das Pradarias. São geralmente campos acima de serras e são encontradas vegetações do tipo araucárias, de campo, floresta e cerrado. Assim, os sistemas naturais situados nessa região, são de fundamental importância para o meio natural envolvente a ela.
Faixa de Transição – Pantanal
O pantanal é uma das principais zonas de transição encontrada no Brasil. Ele é um complexo ambiental de suma importância, pois compreende uma grande diversidade de fauna e flora. Situado em regiões serranas e em terras altas, o pantanal é considerado um grande reservatório de água, devido encontrar-se numa depressão entre várias montanhas. Sua rede fluvial é composta por rios, como: Cuiabá, Taquari, Paraguai etc, sendo considerados rios perenes.
Como o pantanal passa por duas estações climáticas durante o ano, a seca e as cheias dos rios, essa região detém características e denominações únicas, como: “cordilheira” – que significa áreas mais altas, onde não sofrem alagamentos (pequenas elevações); salinas – regiões deprimidas que se tornam lagoas rasas e salgadas com as cheias dos rios; barreiros – são os depósitos de sal após a seca das salinas; caixas – canais que ligam lagoas, existindo somente durante as inundações; e vazante – cursos d´aguas existente durante as épocas das chuvas. Com tudo, o pantanal sofre consequências ambientais como a exploração mineral, que poluem intensamente os rios – considerados como os responsáveis pela existência da biodiversidade da região. A pecuária e a utilização de enormes monoculturas, fazem o despejo de uma grande quantidade de agrotóxicos aos rios.
Nesse sentido, a preservação dessas zonas de transição são consideradas de suma importância para a existência dos domínios morfoclimáticos brasileiros. Pois eles estabelecem uma relação direta com a fauna, flora, hidrografia, clima e morfologia, conservando o equilíbrio dos frágeis sistemas ecológicos.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Globalização, Capitalismo, MERCOSUL, UE - José Antonio Segrelles



GLOBALIZACION, CAPITALISMO Y COMERCIO AGROALIMENTARIO ENTRE EL MERCOSUR Y LA UNION EUROPEA 

José Antonio Segrelles
Departamento de Geografía Humana 
Universidad de Alicante (España)


En un trabajo reciente (Segrelles, 1999 a) planteaba dos cuestiones que a mi juicio son esenciales para comprender los procesos político-económicos que están desarrollándose en el mundo durante las últimas décadas, como es el caso de la creciente globalización (o mundialización) de la economía, la formación de grandes bloques regionales, la progresiva liberalización comercial o el aumento de los intercambios mercantiles a escala planetaria. La primera cuestión hacía alusión a que el término globalización, al socaire del neoliberalismo, constituye un eufemismo para designar esa fase avanzada del capitalismo mundial que persigue a toda costa mantener sus tasas de ganancias en territorios cada vez más amplios, amparándose para ello en la tendencia generalizada hacia la liberalización del comercio y los mercados de capitales, la creciente internacionalización de las estrategias empresariales de producción y distribución y el desarrollo tecnológico. Es decir, nuevas tácticas que sirven a un viejo ideario de acumulación y reproducción del capital. La segunda de ellas ponía de manifiesto que la lógica inmanente del modo de producción capitalista estriba en la creación de contradicciones y desequilibrios "necesarios" entre áreas (centro-periferia), países (desarrollados-subdesarrollados), hábitats (campo-ciudad), sectores económicos (agricultura-industria y servicios), relaciones de producción (capital-trabajo), personas (ricos-pobres) y clases sociales (explotadas-explotadoras).


Desde hace algún tiempo proliferan, más en Latinoamérica que en España y Europa, excelentes trabajos sobre la globalización, los bloques económicos regionales y sus relaciones, los acuerdos comerciales internacionales y la liberalización del comercio mundial realizados por técnicos y científicos sociales de diverso signo: agrónomos, veterinarios, geógrafos, economistas, juristas o historiadores. Sin embargo, es menos frecuente encontrar una asociación clara y una interdependencia manifiesta entre dichos procesos y la preeminencia del sistema capitalista en el mundo. En ocasiones, leyendo la bibliografía acerca de estos temas, sobre todo la española, parece como si la evolución de la economía y el comercio mundiales se produjera de forma espontánea, porque sí, como si formaran parte de una progresión natural, sin tener en cuenta que las relaciones de producción impuestas por el capitalismo son determinantes para el nacimiento, avance, estancamiento, retroceso, transformación u organización de las pautas político-económicas y sus influencias sociales y territoriales. Asumir esta base teórica deviene, por lo tanto, fundamental como punto de partida para reflexionar sobre el tema estudiado en este artículo.

El acuerdo marco firmado en diciembre de 1995 entre el Mercado Común del Sur (MERCOSUR) y la Unión Europea (UE) tiene como objetivo final establecer una asociación interregional de carácter económico y político basada en una progresiva liberalización del comercio, aunque además se asienta sobre la cooperación en diferentes ámbitos que van más allá, al menos en teoría, de lo estrictamente económico y mercantil, ya que también afecta a las instituciones, la educación, la formación, la cultura, la información y las comunicaciones. Aun teniendo en cuenta la relevancia de estos factores, merece la pena resaltar, dentro del actual proceso de negociación, las cuestiones relacionadas con el comercio agroalimentario entre ambos grupos de países porque se trata en muchos casos de productos muy sensibles sobre los que todavía existen posturas encontradas. Y todo ello pese a la opinión del actual presidente brasileño F.H. Cardoso, citado por M. Buxedas (1996), que sostiene que las relaciones comerciales entre el MERCOSUR y la UE son más de complementariedad que de competencia. Asimismo, la referencia al comercio de productos agropecuarios trasciende necesariamente las relaciones MERCOSUR-UE para incluir también de forma tácita a Estados Unidos, pues las principales presiones para que se lleve a cabo el estricto cumplimiento de ciertos acuerdos comerciales internacionales, como el Acuerdo General sobre Tarifas Aduaneras y Comercio (GATT), que mediatizan tanto al MERCOSUR como a la UE, proceden de la superpotencia económica y agrícola norteamericana.

El objetivo principal de este artículo es, pues, reflexionar sobre la forma en que se establecen las relaciones comerciales agroalimentarias entre ambos bloques económicos regionales, cómo se inserta esta relación en los condicionantes globales actuales, la intensidad del clásico vínculo dominación-dependencia y las repercusiones que la total liberalización comercial pueden tener en los sectores agropecuarios, espacios rurales y sociedades del MERCOSUR y la UE.

Pensar Como um Geografo - Peter Gould


PENSAR COMO UN GEÓGRAFO. UNA EXPLORACIÓN EN LA GEOGRAFÍA MODERNA

Peter Gould 
Universidad del Estado de Pennsylvania




La obra de Peter Gould abarcó una amplia variedad de temas, tratados siempre de forma original y exigente. La imaginación y la ciencia se unían en él para encontrar la dimensión geográfica a problemas de gran actualidad y para abordar esos problemas con un método exigente que incluía los desarrollos más recientes de la ciencia. Todavía recuerdo la impresión que me produjo el primer texto que conocí de él, el artículo en que planteaba el problema de las relaciones hombre-naturaleza en términos de la teoría de los juegos, su trabajo "Man against the environment: a game theoretic framework", que había sido publicado en 1963 en la revista Annals of the Association of American Geographers y que yo conocí en 1972 a través de la edición que hicieron Paul W. English y Robert S. Mayfield en su libro Man, space and enviroment; una forma inimaginable hasta ese momento de plantear un problema tradicional de la geografía y que revolucionaba al mismo tiempo los estudios de geografía rural.

En ese artículo introducía ya de alguna manera la cuestión del papel de la percepción en la adopción de estrategias de comportamiento de los campesinos y en la toma de decisiones. Se trata de una línea de trabajo que venía desarrollando desde finales de los 60, cuando publicó su artículo "On mental maps" (1966) y sus artículos sobre las preferencias espacio-temporales y la estimabilidad residencial. Esas cuestiones se convirtieron en seguida en un tema importante de investigación y dio lugar a uno de los libros más citados e influyentes en la geografía de la percepción, realizado con Rodney White, Mental Maps (1985).

Desde los años 1960 Peter Gould había venido trabajando sobre la geografía agraria y de los transportes en Africa, principalmente en Ghana, y en los 70 se había convertido en uno de los más prestigiosos representantes de la nueva geografía cuantitativa, siendo coautor, con Ronald Abler y John Adams, de un manual extraordinariamente influyente en aquellos años: Spatial Organisation: The Geographer's View of the World (1971). Sus contribuciones a las investigaciones sobre difusión espacial y su capacidad para aplicar imaginativamente métodos matemáticos a la investigación de problemas geográficos supusieron en esos años una fuente inagotable de sugerencias en la geografía anglosajona.

Posteriormente la lista de sus publicaciones incluye trabajos sobre cuestiones tan variadas como la adquisición de información espacial, la estructura de las redes de televisión o el análisis de juegos, con el ejemplo de la final de la copa inglesa de 1977 entre el Liverpool y el Manchester United.

Desde los años 1980 Peter Gould se dedicó con pasión científica y vital a problemas de gran actualidad como el de la epidemia de Sida, sobre lo cual publicó su libro The Slow Plague. Geographic Consequences of the AIDS Epidemic, o sobre las consecuencias de la explosión de Chernobil, cuestiones a las que alude en el artículo que publicamos. En los últimos años se había interesado también mucho sobre las formas de difusión de la información; ésto ultimo en una dimensión histórica amplia que iba desde el tiempo que tardó en conocerse el terremoto de Lisboa de 1755 hasta el que se demora hoy una carta en llegar a su destino desde que se entrega al correo -para lo que nos pidió a algunos amigos que le enviáramos una desde nuestros respectivos Departamentos (y tardó 18 días la que yo le envié desde el de Barcelona).

La última iniciativa editorial impulsada por Peter Gould ha sido el libro Geographical Voices coordinado por él y Woody Pitts y publicado este mismo año por las Prensas de la Universidad de Syracuse, y que ha sido editado en francés por Peter Gould y Antoine Bailly con el título Mémoires de géographes (Paris: Anthropos, 2000). Una colección de artículos autobiográficos realizados por Antoine Bailly, Brian Berry, Karl Butzer, Reginald Golledge, Torseten Hägerstrand, David Harvey, Gunnar Olsson, Waldo Tobler, Gilbert White y Yi-Fu Tuan.